4 de mai. de 2017

O Sujeito e a Psicologia - Parte I




O que seria o “Sujeito” na psicologia?



Muitas abordagens psicológicas são baseadas em definições metafísicas, que transcendem a experiência. Outras ainda, se preocupam em delimitar um sujeito, ou ainda, um ente, que figuraria no substancialismo, que é uma doutrina que caracteriza a existência em substâncias. Pressupor a existência de uma mente que é substância, mas não é fenomenal, que está além do próprio organismo, é algo feito na filosofia e psicologia constantemente. A principal filosofia substancialista seria o dualismo cartesiano, ou ainda, e ainda que se negue a afirmação, a psicanálise freudiana. Geralmente, há certa relação entre o substancialismo e a metafísica, mas essa relação pode ser dispensada, como fez Leibniz, um autor substancialista, mas monista, que não dizia que a mente fosse algo diferente da matéria.

Até mesmo a psicologia materialista (não no sentido filosófico, mas sim no de investigação do fenômeno), frenologia, por exemplo, se equivoca ao tentar explicar o sujeito fora do fenômeno, relacionando a subjetividade a uma substância material, sem fundamentação.

O sujeito, conforme veremos, só existe no campo fenomenal, conforme descreve a psicologia que adota postura empírica. Em diversos autores que veremos, só pode ser visto como consequencial, verbal, consciente e, até mesmo, ético.

Seguindo a metodologia e o livro do Professor José A. Damásio Abib, denominado “O sujeito no labirinto”, serão publicados, notas, descrições e explicações de como os autores W. Wundt, W. James, G. H. Mead, e B. F. Skinner, formularam suas teorias, centralizando o aspecto do Sujeito em seus conceitos.

As publicações serão feitas seguindo a ordem descrita dos autores, sendo que haverá uma última publicação analisando e comparando as teorias descritas. Boa leitura!


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